o livreto trata da Segunda Vinda (que para o autor é a Terceira Vinda) de Cristo. Segundo seus estudos, Jesus voltará para levar sua Igreja no ano de 2017 e, talvez, no dia 29 de novembro. Ainda segundo Ferreira, o anticristo virá de uma religião e será alguém que morreu e que ressuscitará (apesar do autor não citar quem será o anticristo ele deixa a entender que será o Papa João Paulo II).
A abordagem do livro que será feita aqui contará com a seguinte caminhada de análise:
1- Considerações sobre o tratamento do tema;
2- Os problemas hermenêuticos;
3- Os problemas teológicos;
4- As contradições;
5- Problemas de interpretação
6- Considerações finais;
1- Considerações sobre o tratamento do tema
Muito se tem falado sobre o tema da Segunda Vinda de Cristo. Prova esta são as possíveis datas já marcadas pelos antigos e por pessoas de épocas passadas mais recentes. Eis algumas delas: Ano 30 (Mt 24.34), ano 60 por Paulo, ano 90 por Clemente de Alexandria; entre os anos 365 - 375 por Santo Hilário; em 400 por São Martin de Tour que fez uma releitura de Hilário; 500 por Hipólito de Roma; em 1º de Janeiro de 1000 por cristãos da Europa que praticaram cruzadas na tentativa de propagação da ideia; em 1033 na crença de que seria o 1000º aniversário de Cristo; em 1205 por Gioacchino de Fiore; 1284 pelo Papa Inocêncio III pela soma de 666 à data de fundação do Islã (532 para o Papa mas que na verdade foi em 632); 1346 e anos seguintes devido à Peste Negra que assolou e matou dois terços da população da Europa; em 1496 porque místicos acreditaram que no aniversário de 1500 anos do nascimento de Cristo dar-se-ia o início do Milênio Apocalíptico; 1524 por astrólogos; 1533 por Melchior Hoffman; em 1669 pelos chamados Velhos Crentes da Rússia; em 1689 pelo batista Benjamin Keach; em 1736 por William Whitson; em 1792 pelos Shakers; em 1830 pela Margaret McDonald; em 21 de março de 1843 a 21 de março de 1844/ 18 de abril de 1844/ 22 de outubro de 1844 onde, segundo estudos que fez da Bíblia, William Miller (1782-1849), fundador do movimento Millerita, predisse que Jesus iria voltar no período entre março de 1843 e 1844. Como nada ocorreu naquela data, ele estendeu o prazo para abril do mesmo ano. A outra data passou e Miller confessou publicamente seu erro. Posteriormente, Samuel S. Snow apresentou outro estudo e disse que a data seria 22 de outubro de 1844; entre 1850 - 56 por Ellen White; em 1891 por Joseph Smith; 1914 pelas Testemunhas de Jeová; em 1919 por Albert Porta; em 1936 por Hebert Armstrong, que depois mudou a data para 1975; em 1948 porque foi o ano de fundação do Estado de Israel; em 1953 por David Davidson; em 1957 por Mihran Ask; de 1882 a 1960 por Charles Piazzi Smyth; em 1967 durante a chamada "Guerra dos Seis Dias" em Jerusálem; em 1970 por David Brandt Berg; em 1978 por Chuck Smith; em 1980 por Leland Jensen; em 1981 pelo reverendo Moon; em 1982 pelo físico John Gribbin e pelo astrônomo Sthepen Plagemann; em 1986 por Moses David; entre 1987 a 2000 porque Jerusalém seria a cidade mais rica do mundo; em 1988 por Hal Lindsey; e a partir dos anos 80 até hoje onde centenas e talvez milhares de datas foram previstas. Estas datas podem ser confirmadas em outro siteclicando aqui.
O parágrafo acima é tão cansativo de ler que muitos nem o lêem. E pra falar a verdade as datas acima são apenas as de maior repercussão, já que muito mais pessoas prevêem a volta de Cristo. Foi citado acima as datas pelo pequeno problema que se tem no mundo quanto ao tema proposto por Ferreira em seu livro. Logo no prefácio se encontram as seguintes palavras: "Alguns chegam a afirmar que Ele já voltou, e outros dizem que Ele somente voltará quando toda a população da Terra for evangelizada. Como ninguém pode enganar a todos durante o tempo todo, um dia a verdade sempre aparece". Tal trecho tenta validar o livro como sendo algo que finalmente será concretizado. E isso sempre foi falado na história D.C. Mas é claro que falar do tema não é algo proibido. Aliás, falar do tema ainda é pertinente porque trata da escatologia do cristianismo. Todavia deve-se ter cautela e respeito com a fé.
2- Os problemas hermenêuticos
No artigo sobre o 666 (para lê-lo clique aqui) eu falo da necessidade de se respeitar o texto enquanto texto para a época na qual foi escrita. E que "no caso do texto de Apocalipse é muito mais complicado. Por quê? Porque é um texto cheio de símbolos que faziam muito sentido para seus leitores da época. É um texto apocalíptico típico da época em que foi escrito. É um texto dirigido a 7 igrejas da Ásia Menor, o que deixa a certeza de que o autor escrevia algo que era muito claro para eles. O livro de Apocalipse, acima de tudo, não é um texto que fala do fim do mundo e sim do fim de tudo". E não só para o Apocalipse, ou para outro livro da Bíblia, mas para qualquer escrito, o respeito se faz necessário quanto ao seu conteúdo. Como exemplo, muito se ouve dizer: "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1 Cor 2.9). E, a partir deste versículo muitos falam de como será o céu, de uma forma que é indizível, já que nem no coração humano se pode maquinar tal pensamento. Daí, palavras lindas são ditas. Mas, por desrespeito ao versículo seguinte, pessoas falam que nunca foi revelado o que Deus preparou para os seus amados (pegue sua Bíblia e leia 1 Cor 2.9-10). Ou seja, alguém diz: "A casa é linda [...] mas vai cair." Por negligência de se ler da reticência à frente, pode-se chegar a dizer que a casa é linda por sua segurança. Sendo assim a violação do texto é notável.
O parágrafo acima é para tentar abrir a cabeça do leitor do livreto de Ferreira para alguns problemas que se destacam no decorrer da leitura. Não serão apontados todos, mas apenas os mais relevantes:
a) Na página 10 o autor cita Amós 1.3-5. Nesta passagem se tem o 1º erro de interpretação textual. Nos versos 4 e 5 já é dada a punição para os povos. No parágrafo seguinte do livreto Ferreira anula as punições dos versos 4 e 5 de Amós 1, dando novas datas para as punições, a saber, 1948, 1967 e 1973. A pergunta é: Qual critério foi utilizado para a escolha das datas? Mesmo sem a resposta fica claro que a escolha das datas veio devido a forte influência da Teologia Fundamentalista que adquiriu novas forças com as interpretações sobre Israel pós 2ª Guerra.
O problema trabalhado nos primeiros parágrafos do artigo sobre o 666 deste blog adverte para a possível violação dos textos quanto à sua caminhada natural de acontecimentos e interpretações próprias. Segundo o estudo de introdução sobre o livro de Amós, contido na Bíblia de Estudos NVI (Editora Vida, 2003), páginas 1508 e 1509, explica que o livro de Amós "... reúne as profecias, numa forma cuidadosamente organizada, para serem lidas como uma só unidade" e que "o Deus em nome de quem Amós fala é mais que o Deus de Israel somente. Ele também usa uma nação contra outra para levar a efeito seus propósitos (6.14). É o Grande Rei que governa todo o universo (4.13; 5.8; 9.5,6). Como é totalmente soberano, detém nas mãos a história e o destino de todos os povos.". Portanto o livreto comete um crime em sua abordagem ao usar um texto fora de seu contexto natural. E outro erro é encontrado no decorrer do livreto quando Ferreira menciona direta e indiretamente que Israel é a Nação escolhida por Deus. Isso é perceptível quando ele a cita por pronomes pessoais com letras em maiúscula (ex.: página 37 na 12ª linha) ou quando fala diretamente em seu livreto (ex.: páginas 58 a 64). Vale lembrar Am 9.7 onde se tem a revelação de que Deus é Senhor de Tudo e Todos e que em Romanos, do capítulo 7 em diante Paulo cita Israel não no sentido de povo como nos primeiros capítulos do livro, mas como qualidade de Israel (vencedores). E em João 1.12-13 fala que os filhos de Deus são aqueles que creram em seu nome.
b) Outro problema hermenêutico está no uso dos textos bíblicos com moderada manipulação em seu uso. Ao usar os textos de Zacarias, Ferreira os cita como referência da 2ª Vinda de Cristo. Mas eles podem (e muitos afirmam isso) estar falando da 1ª Vinda de Cristo. Logo, a interpretação de Ferreira anula a interpretação mais óbvia do livro, que é para os contemporâneos de Zacarias. Como já dizia Mizael do Nascimento no site monergismo.com, deve-se ter cuidado com textos misteriosos e mais ainda com as chamadas "novas revelações".
c) Em textos como os do Apocalipse deve-se ter muito cuidado com interpretações, uma vez que é um livro de extremos simbolismos e símbolos. Geralmente alguns trechos que são alegóricos são interpretados literalmente e vice-versa. Cabe ao intérprete ser cauteloso em suas colocações. E isso não é muito respeitado no livreto de Ferreira e também pelos demais intérpretes apocalípticos que já tivemos citados mais acima.
3- Os problemas teológicos
É fato que o livreto "O grito da meia-noite" está repleto de teologia. E isso não é segredo. Toda leitura feita por Ferreira está repleta de colocações e interpretações teológicas. Todavia isso não é ruim. Interpretações teológicas são boas até ao ponto que possuem nexo e coerência. Entretanto vamos a alguns problemas:
a) A aplicação e interpretação de Am 1.3-5 na página 10 do livreto mostra um problema clássico, que é comparar os israelitas do AT com os israelenses do século XX e XXI. Israelita se refere à religião ou povo bíblico, descendente de Jacó. Israelense é todo aquele que nasceu no território da Nação-Estado de Israel, que foi criado pela ONU em 1947. Um é religioso e bíblico, outro é geográfico. Nos tempos de Jesus já não é mais possível falar de israelita na pureza do termo, uma vez que já haviam acontecido dois grandes exílios (Babilônico e Assírio) e também a inculturação grega e romana. Logo, a pureza de raça israelita já foi interferida pela mistura de outros povos. E isso é fato comprovado, apesar de muitos negarem. Além do mais, após a grande dispersão do ano 70 D.C., os judeus (e não mais israelitas; perceba isso na escrita bíblica) se espalham pelo mundo. E judeus aqui não são os descendentes de Judá, mas uma religião muito bem elaborada. Portanto, a aplicação do texto de Amós, que fala do povo antigo, relacionando com o povo atual não tem sentido. Além do mais, a escolha de Ferreira pelas datas (1948, 1967 e 1973) é tendenciosa: Quando a ONU criou o Estado Israel, na verdade, foi apenas um engano para o povo judeu: Estes estavam sem terra própria, vivendo espalhados pela Europa. O que a ONU esperava? Que dois povos de culturas diferentes dividissem a terra? Estava óbvio que isto era impossível. O que a ONU fez foi tampar o sol com a peneira. E, com isso também, veio a criação da ideia de que agora os judeus conseguiram ser atendidos por Deus, o que leva para o ponto seguinte.
b) Após a 2ª Guerra Mundial, o povo saiu de uma extremidade para outra. Se antes da guerra havia uma tremenda aversão ao povo judaico, após a guerra, houve uma tremenda compaixão pelo mesmo. Com isso veio a criação de uma teologia que trouxesse a união dos cristãos com, agora entitulado, povo escolhido de Deus: Israel (o melhor termo é "judeu"). Os cristãos nutriram um certo remorso pelas injustiças praticadas no passado (as cruzadas por exemplo) contra o povo judeu que, de agora em diante, obterá um apoio amável dos não-mais-inimigos. Mas segundo a teologia cristã, para Deus, não raça ou etnia, nem status e nem nação, mas uma humanidade que carece de ser salva por Cristo e sua cruz. E conforme a teologia paulina e joanina, dizer que o povo judaico é o povo escolhido de Deus chega a ser a anulação da fé, pois todos que foram comprados pelo sangue do Cordeiro se constituem Reis e Sacerdotes (Ap 1.5-6). Todos aqueles que crêem em Jesus recebeu o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1.11-13) alcançando a benevolência divina que antes era somente de Israel. E o justo viverá pela fé (Rm 1.17), ou seja, Abraão, que existiu antes de um povo que foi escolhido, como foi Israel, passa a ser o exemplo vivo de que a fé é antes da Lei e maior (Rm 4). Concluindo, não quer dizer que o judeu não seja especial, mas que fique claro que a raça importante é a humana, juntamente com a Criação.
c) A escolha de datas, com foi feita na página 10, deve passar por um critério de escolha. E esse critério não foi apresentado.
d) Mesmo não sendo apresentado um critério na escolha de datas (sem o critério, qualquer data é válida), dá para perceber que, para o autor, Israel é o povo escolhido de Deus (pág.: 37: "Seu povo fugirá da Guerra..."). Se assim o for, segue que Cristo morreu em vão, já que Ele morreu para todos que Nele acreditassem. Os profetas pós-exílicos descartaram a ideia de que Israel é a nação escolhida por Deus (como foi o caso de Amós). Isso torna a teologia cristã cheia de erros. O fato de ser cristão está no ato da morte na cruz indiferente se sou isso ou aquilo. A cruz é o sinal da salvação para todos aqueles que a compreendem e somam seus valores vivendo-os. Se a teologia de Joaquim for levada à cabo, Israel será salvo indiferentemente de seus pecados, afinal, é um povo escolhido. E isso é problema teológico de discussões infindáveis.
4- As Contradições
Não são muitas encontradas. Talvez a mais latente seja a da aplicação do termo "mulher". Na página 21 ele afirma: "Mulher, na Bíblia, é símbolo de Igreja" e nas páginas 27 e 28 ele declara: "Há certas figuras na Bíblia que têm duplo significado. Aqui vemos um exemplo: mulher significando uma cidade e também um igreja.". A interpretação de símbolos é livre, porém deve estar ligadas ao texto bíblico. Ferreira fecha com apenas uma interpretação, na página 21, e com 2, na página 28.
Outra contradição está no fato de ele dizer que a verdadeira igreja se encontra dentro das igrejas evangélicas. Isso pode ser conferido na página 16. Ora, as igrejas se encontram em Deus ou Deus se encontra nas igrejas? Sabe-se que a verdadeira igreja não possui títulos, a não ser o de Servos do Senhor. Soa a denominacionalismo.
5- Problemas de interpretação
Ferreira comete alguns erros de interpretações. Não só textuais como também históricos e de tempos. Vejamos:
a) Problema de interpretação textual: Na página 37 ele fala que Israel não existia antes de 1947 e que, segundo ele, a Bíblia deveria esperar até o tempo atual pra que o nome Israel fizesse sentido. Entretanto, sustentar tal ideia é o mesmo que dizer que João, Paulo, Mateus, Amós, Moisés (Moisés escreveu o Pentateuco?) e tantos outros falavam palavras que não tinha nenhum sentido. Ou seja, quando citavam o nome Israel falavam como que bêbados, não havendo sentido na palavra e nem em seus significados e explicações do termo. Isso gera tremenda confusão quando se pensa que o texto é destinado aos leitores originais do autores mencionados acima. Assim, seus leitores também não poderíam entender o termo Israel. Como foi explicado acima, Ferreira não consegue fazer distinção entre Israel (povo) e Israel (Nação Estado).
b) Problema de interpretação histórica: Vale lembrar que quando Deus prometeu a Terra para os israelitas seria para que seu povo vivesse juntos, em harmonia consigo mesmos e com seu Deus. Na passagem de Mc 11.12-14 e, em especial, no verso 14, Jesus diz "Ninguém mais coma de seu fruto". Aqui muitos interpretam que Jesus quis lançar uma palavra de Juízo a Israel, mostrando que este não mais produzirá frutos, mas a passagem está incluída na perícope sobre a purificação do Templo, e o próprio Jesus usa a parábola da figueira para ilustrar a oração da fé (vs 21-25). Ferreira usa da passagem de Mt 21.19-20, sem os versículos explicativos da parábola (21-22) dizendo que a parábola é para trazer Juízo sobre Israel. O interessante é que o próprio Jesus, tanto em Mc 11.12-14, quanto em Mt 21.19-22 deixa claro que o exemplo foi dado como ilustração à oração de fé e não para trazer Juízo. Aliás, o ministério de Jesus é tão-somente reconciliador. O único Juízo predeterminado é o que Paulo trata como sendo que Israel deixa de ser o escolhido para que todos, mediante fé, alcancem a salvação. Por fim, a explicação que abre este ponto b) pode ser melhor entendida substituindo israelitas por povos que têm a fé em Deus, por intermédio de Jesus Cristo.
c) Problema de interpretação dos tempos: Apesar de Ferreira não afirmar em seu livretro quem é, de fato, o anticristo (pág.: 19), tudo leva a crer que ele se refere ao Papa. Em suas palavras ele será: "...um líder religioso" (pág.: 19); líder de uma igreja universal, universal "...porque ela domina sobre multidões e nações, povos e línguas. [...] Quem tem entendimento poderá tirar suas conclusões sem citar o nome" (pág.: 21). "É um líder que já morreu..." (pág.: 22), mas que será ressuscitado por Satanás (Satanás tem poderes sobre a vida de alguém? Mesmo após a morte? Hb 9.27). Este líder já esteve "na mídia por vinte anos..." (pág.: 22) e visitou "...todos os países da Terra" (pág.: 22). Aqui se tem um indício sobre qual seja o Papa: João Paulo II, que governou a Igreja Católica por 26 anos e visitou mais países que qualquer outro Papa. Ainda na página 23 Ferreira afirma que ele será o subsequente a sete. Antes os Papas eram apenas Papas e Roma tinha um rei distinto. A partir do Papa Pio XI (o qual se tornou rei) todos os Papas foram reis de Roma a partir de Pio XI. Então segue a conta:
1- Pío XI (1922 –1939). (caiu)
2- Pío XII (1939-1958). (caiu)
3-João XXIII (1958-1963). (caiu)
4- Paulo VI (1963-1978). (caiu)
5- Papa João Paulo I (1978).(caiu)
6- Papa João Paulo II. (existia)
7- Bento XVI. (durara pouco tempo).
2- Pío XII (1939-1958). (caiu)
3-João XXIII (1958-1963). (caiu)
4- Paulo VI (1963-1978). (caiu)
5- Papa João Paulo I (1978).(caiu)
6- Papa João Paulo II. (existia)
7- Bento XVI. (durara pouco tempo).
Assim, segundo o raciocínio de Ferreira, o oitavo rei mencionado em Ap 17.9-10 é o João Paulo II ressuscitado. A interpretação é interessante, assim como foi diversas outras que faliram com o tempo. (Só pra lembrar: O Papa João Paulo I viveu como Pontífice apenas 33 dias. Este não teria durado pouco tempo??? Bem menos que Bento XVI).
Falar de anticristo sempre foi um tema polêmico e que sempre despertou curiosidades. Mas de um tempo para cá (1980 em diante), o que se publicou em 30 anos, cobre tranquilamente a publicação de 20 séculos sobre o anticristo!!! Além do mais, a interpretação de Ferreira já foi dúvida de um usuário do Yahoo Respostas a dois anos atrás (para ver, clique aqui). O que precisa ser dito aqui é que o verdadeiro profeta percebe e discerne os tempos. O tempo da atualidade diz que a moda é falar do anticristo; de seu surgimento. O que cabe ao profeta é apenas alertar ao crente o que deve ser feito e não, à base de "chutes", tentar descobrir como será a vinda do anticristo. O fato é que ele virá. Portanto, a instrução que deve ser passada é a de como se comportar como um legítimo cristão.
O que parece é que pessoas tentam se promover prevendo coisas e relatando-as ao público. O profeta deve ficar atento a isso. Foi assim com Isaías e Jeremias, quando estes precisaram entender seu tempo e ir contra os profetas oficiais (que ganhavam dinheiro para serem profetas). É fácil apontar quem será o anticristo. Difícil é retratar o erro quando indicam pessoas como Hitler, Nero, Osama bin Laden, Inri Cristo, quando, de fato, nunca foram. O que falta são pessoas que querem viver a Bíblia e não simplesmente inventar sistemas e ideias sem nexo, os quais servem apenas para assustar ou levantar alvoroços teológicos nas pessoas.
6- Considerações Finais
Esse artigo ficou grande demais. Todavia eu acho que não se deve medir esforços quando alguém lhe pede informações sobre algo que lhe atormenta. Portanto escrevi o que escrevi. Sei que não agradará a todos, entretanto a intenção aqui é mostrar que uma interpretação sobre o fim de tudo é algo muito maior que nosso intelecto. O que se deve ter guardado para tal acontecimento são princípios e valores cristãos, os quais legitimarão a luta que deverá ser travada. E tudo gira em torno do amor.
Minha intenção não é de frear a venda dos livretos "O Grito da Meia-Noite" de Joaquim Ferreira. Pelo contrário. É trabalhar uma reinterpretação de sua obra. Reinterpretação acontece após uma interpretação e, se há uma interpretação, há uma leitura, a saber, do próprio livreto. Para quem deseja comprá-lo é só acessar os dados do primeiro parágrafo (lááááá em cima deste artigo).
A minha consideração final aqui é que todos se acautelem contra todo tipo de ensino e doutrina que o arrebate de sua sã consciência. Já escrevi aqui um artigo sobre os Illuminatis (clique aqui para ler) no qual se vê pessoas que buscam fazer novas interpretações sobre o advento do anticristo. Isso é importante porque sem cautela você acreditará em tudo e, ao mesmo tempo, perderá a crença sobre tudo, já que não terá informações precisas e de autoria própria. Examine tudo e retenha o que é bom. Ou seja, não retenha tudo ao examinar o que é bom para você.
E lembre-se: Todo aquele que cria uma ideia, procura convencê-lo de que ela é a melhor do mercado. Veja as páginas 1 (do prefácio) no final do terceiro parágrafo e na 54-55 quando ele diz que uma interpretação divergente da dele é pecado.
Só de brincadeira:
Eu sei quem é o Anticristo. Ele já está reinando por 8 anos oficialmente. Vou lhe mostrar.
Dois livros na Bíblia são escatológicos: Daniel, também conhecido como o Apocalipse do AT, e Apocalipse de João, no NT. Em Ap 13.1-2 temos destacados quatro animais. São eles: Leão, Leopardo, Urso e Dragão. Em Dn 7.2-7 temos 4: Urso, Leão, Leopardo e um sem nome. Sendo a mulher a culpada pela perseguição do Dragão aos fiéis seguidores de Cristo, com base em Ap. 12-14, temos um esquema montado:
A águia foi usada pelo Dragão. Logo águia e Dragão, segundo Ap 12.14 são a mesma coisa. Assim, já temos o nome do anticristo. Já sabe? Veja abaixo:
L eopardo
U rso
L eão
A guia
O anticristo é o presidente Lula e este governou por 8 anos.
Viu como é fácil criar um anticristo com interpretação própria? É só juntar as peças que lhe interessa.
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