Até o século IV da era Cristã, o nome Lúcifer era um nome como outro qualquer e não
Lúcifer (em hebraico, heilel ben-shachar, הילל בן שחר; em grego na Septuaginta, heosphoros) representa a estrela da manhã (a estrela matutina), a estrela D'Alva, o planeta Vênus, mas também foi o nome dado ao anjo caído, dNa ordem dos Querubins, como descrito no texto Bíblico do Livro de Ezequiel, no capítulo 28. Nos dias de hoje, numa nova interpretação da palavra, o chamam de Diabo (caluniador, acusador), ou Satã (cuja origem é o hebraico Shai'tan, que significa simplesmente adversário). Atualmente discute-se a probabilidade de Lucifer ter sido um Rei Assírio da Babilonia.
Não tinha nada de diabólico. A prova mais eloqüente disto é que houve, no século IV, até um bispo católico chamado Lúcifer de Cagliari. Este Bispo brigou com o Papa, pois o Papa, para agradar ao imperador Constantino, estava voltando a aceitar a doutrina do Bispo Arius, segundo a qual Jesus seria uma criatura de Deus e não da mesma substância que Deus (ou seja negando a Santíssima Trindade). A doutrina do Bispo de Arius já havia sido banida pelo Concílio de Nicéia.
Não tinha nada de diabólico. A prova mais eloqüente disto é que houve, no século IV, até um bispo católico chamado Lúcifer de Cagliari. Este Bispo brigou com o Papa, pois o Papa, para agradar ao imperador Constantino, estava voltando a aceitar a doutrina do Bispo Arius, segundo a qual Jesus seria uma criatura de Deus e não da mesma substância que Deus (ou seja negando a Santíssima Trindade). A doutrina do Bispo de Arius já havia sido banida pelo Concílio de Nicéia.
O Bispo Lúcifer de Cagliari foi muito agressivo em sua condenação ao Papa. De fato o conflito foi longo.
S. Jerônimo não gostava da intransigência nem das opiniões do Bispo Lúcifer de Cagliari e seus seguidores. S. Jerônimo inclusive escreveu um livro criticando detalhadamente tais opiniões.
Pouco depois, quando S. Jerônimo traduziu a Bíblia do Grego para o Latim, ao traduzir Isaias 14, S. Jerônimo tradiziu "Estrela da Manhã" por Lúcifer (Lúcifer em Latim realmente quer dizer "Estrela da Manhã").
Note que a expressão "Estrela da Manhã" é usada na Bíblia várias vezes para indicar Grandeza, Grandiosidade. Em Apocalipse, a expressão "Estrela da Manhã" é usada duas vezes para designar Jesus. Em Isaias 14, a expressão "Estrela da Manhã" é usada como adjetivo para o rei da Babilônia (um homem, não um espirito). Mas S. Jerônimo escolheu usar a palavra Lúcifer, como tradução de "Estrela da Manhã" neste único ponto: em Isaias 14,12. Em todos os outros pontos S. Jerônimo usou a expressão composta "Estrela da manhã", em Latim.
Por isso, todas as traduções da Bíblia baseadas na tradução de S. Jerônimo têm uma única ocorrência da palavra Lúcifer e é precisamente em Isaias 14. As Bíblas que não são baseadas na tradução de S. Jerônimo simplesmente não tem a palavra Lúcifer.
Pouco depois da tradução da Bíblia por S. Jerônimo, Santo Agostinho criou a fábula da revolta dos anjos contra Deus. E pouco depois, no século V, início da Idade Média, o nome Lúcifer passou a ser o nome do anjo chefe de tal rebelião. A fábula da revolta dos anjos contra Deus se tornou tão popular que muitas pessoas acreditam que ela está na Bíblia, mas na realidade não está.
Antes de Santo Agostinho, a única menção a anjos caídos era no Livro de Enoch (que não é parte da Bíblia). Este livro conta a estória de 200 anjos que tendo se apaixonado por mulheres comuns escolheram VOLUNTARIAMENTE abandonar os Céus e descer à Terra para serem seus maridos. Deus não aprovou a decisão deles, enviou cinco Arcanjos que os localizaram e os prenderam em lugares remotos da Terra, onde esperam o julgamento no fim dos tempos. O Livro de Enoch foi escrito no século II (dois) antes de Cristo, e há evidências (por exemplo, Epístola de São Judas e Segunda Epístola de São Pedro) que os Apóstolos e os chamados Pais da Igreja Católica conheciam este livro (ou, pelo menos, a estória contida nele). No Livro de Enoch também. NÃO aparece o nome Lúcifer nem Heilel (o correpondente em hebraico de Lúcifer).
Além disto, algumas pessoas citam Ezequiel 28 como sendo relativo a Lucifer, mas não há fundamento para isto. Ezequiel 28 é uma repreensão feita por Deus ao rei de Tyro (um homem, não um espirito). Não há nada que ligue este texto ao nome de Lúcifer, nem mesmo o uso da expressão "Estrela da Manhã".
Aproveitando que tanto na antiguissimas mitologias indianas (sobre o Anjo Kroni), como nas lendas religiosas da Pérsia, sobre o Anjo Iblis, 1/3 dos Anjos foram expulsos do Céu, quando se recusaram proteger os humanos...
ResponderExcluirJerônimo inventou a lenda bíblica sobre “A Revolta dos Anjos”.
Pois tanto o Inferno como o Diabo são “ferramentas” de marketing, e sem a “ajuda” do Diabo para amedrontar os rebeldes, Deus jamais alcançaria o grande público.